FINAL FANTASY XIII [finalmente]

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magno
Chimpanzé Manco de Muleta
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FINAL FANTASY XIII [finalmente]

Mensagem por magno »

Megalançamento: Final Fantasy XIII

A nova fábula dos cristais começa com tudo na nova geração de hardware com a sua costumeira qualidade impecável, mas também com uma boa dose de controvérsia
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A estreia de um novo jogo da série “Final Fantasy” em uma nova geração de hardware sempre foi um evento divisor de águas. No advento do Super Nintendo, “FFIV” introduziu um RPG com mais ênfase na sua história e caracterização; no Playstation, “FFVII” foi uma revolução ao usar gráficos 3D e filmes pré-renderizados; e no Playstation 2, “FFX” elevou todas essas características a novos patamares, com dublagem e gráficos em tempo real que criavam um efeito cinematográfico.

E agora, em uma nova geração de consoles, a Square Enix finalmente lança a primeira história da saga Fabula Nova Crystallis, “Final Fantasy XIII”. Mais uma vez, o jogo serve como padrão de comparação para o gênero com a alta qualidade da sua apresentação e mecânicas, mas que é também controverso e audacioso quanto a decisões seguidas no seu design.

NOVA FÁBULA DOS CRISTAIS
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“FFXIII” começa em um continente chamado Cocoon. Flutuando como um pequeno planeta no céu, Cocoon é uma utopia futurística aonde reina alta tecnologia, mas que é isolada do mundo abaixo, chamado de Gran Pulse. Cocoon foi criado 13 séculos atrás por máquinas com poderes divinos derivados de cristais, conhecidas como fal'Cie, e que até hoje estão presentes no dia-a-dia dos humanos que residem no mundo flutuante, regulamentando muitos aspectos da vida da população.

Ocasionalmente, os fal'Cie escolhem certos humanos para serem seus representantes e realizarem missões por eles. Essas pessoas recebem uma marca em algum lugar do seu corpo e a designação de l'Cie. Todo l'Cie recebe poderes fantásticos para realizar a missão, conhecida como focus, e ela precisa ser completada em um certo período de tempo, pois caso contrário o portador é transformado em um monstro. Ser marcado como um l'Cie é considerado uma maldição, mas ninguém vê um deles há séculos e eles se tornaram lendas de um passado distante.

Séculos de isolamento fizeram os habitantes de Cocoon desenvolverem um medo irracional do mundo de baixo, a descoberta inesperada de um fal'Cie de Pulse incita o governo teocrático de Cocoon, chamado de Sanctum, a caçar suspeitos que possam potencialmente serem l'Cie, declarando que eles são inimigos da humanidade e monstros que devem ser exilados em Pulse.

A história do jogo começa quando o Sanctum começa a promover o Purge, reunião de pessoas suspeitas que precisam ser exiladas. Duas pessoas se infiltram em um dos trens que levam pessoas para serem expurgadas: uma delas é uma oficial do exército chamada Lightning, que abandonou tudo para salvar a sua única irmã, e o outro é o piloto Sazh, que também tem motivações familiares parecidas.

Perto dali, um homem chamado Snow lidera uma resistência contra as ações arbitrárias do Sanctum, e no meio do conflito um garoto chamado Hope presencia algo que irá marcá-lo pelo resto da vida. E por trás de tudo isso, duas misteriosas jovens, Vanille e Fang, presenciam os acontecimentos, deixando transparecer muito menos do que elas sabem. E assim a cortina se levanta no último capítulo da saga de Final Fantasy, aonde seis pessoas tem que lutar contra um destino injusto que lhes foi imposto pelos fal'Cie.

PROBLEMÁTICA LINEAR
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Tudo isso parece muita informação, mas considere que esses acontecimentos são apenas os primeiros 30 minutos. Logo de cara, o jogo bombardeia você com uma monte de fatos, acontecimentos importantes, termos desconhecidos e ação ininterrupta. A história é empolgante, mas isso tem um preço, pois para manter esse tipo de narrativa, o jogo é estritamente linear até o terço final de jogo.

Fãs de “FFX” vão achar o jogo similar nesse aspecto, mas na verdade ele é ainda mais restritivo do que a aventura de Tidus: enquanto no mundo de Spira você pode eventualmente retornar para qualquer locação prévia, em “FFXIII” lugares inteiros são visitados apenas uma vez para nunca mais serem vistos. Essa linearidade tem sido motivo de controvérsia principalmente no Ocidente, onde jogos não-lineares são a norma de design preferida.

De um lado temos jogos como “Dragon Age” e “Mass Effect”, RPGs abertos e "livres", e no outro temos “Final Fantasy XIII”, que se situa no extremo oposto, pois mesmo entre RPGs japoneses, “FFXIII” consegue ser ainda mais linear do que qualquer jogo recente do gênero. Essa decisão de design pode alienar fãs da série e afastar potenciais apreciadores, e é uma manobra corajosa (e/ou estúpida) da parte da Square Enix, ainda mais nos dias de hoje, onde a indústria de games depende muito do mercado ocidental, e a sua aceitação ou não pode definir os rumos que a série deve tomar no futuro.

MUDANDO PARADIGMAS
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O jogo tem uma estrutura parecida com “FFXII”, em que você controla o personagem e vê os inimigos no mapa, mas com batalhas em uma tela separada, como em “FFX”. Você pode tentar pegar o inimigo de surpresa para ganhar um ataque extra ou mesmo fugir dos inimigos, que na maioria são mais lentos que o seu personagem. Portanto, as batalhas são totalmente opcionais, mas o sistema de combate é tão rápido e fluído que acaba tornando cada encontro em algo satisfatório, com boas recompensas, e é um dos pontos altos do jogo.

O sistema de batalha, chamado de “Command Synergy Battle”, emprega a barra do clássico Active Time Battle. O combate flui em tempo real, com a barra de ATB ditando o tempo de cada ataque, mas ao invés de apenas uma ordem, você pode programar vários comandos para o líder do grupo de uma vez só, enquanto os outros dois membros agem automaticamente de acordo com o seu Role (o equivalente a classes).

Existem seis Roles: Commando (especializado em ataques físicos), Ravager (especializado em magias de ataque), Sentinel (atrai o ataque dos inimigos e aumenta a defesa), Synergist (magias de proteção e outras melhorias), Medic (magias de cura) e Saboteur (magias que criam status negativo nos inimigos). Você pode criar até seis combinações pré-definidas para os seus três membros ativos.
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Durante a batalha, você pode escolher uma das combinações no meio da ação (apertando o botão L1), em um sistema chamado Paradigm Shift. Outro elemento importante da batalha são os monstros que cada um dos personagens podem invocar, chamados de Eidolons, e que através do Gestalt Mode podem se transformar e atacar de modo único. Por exemplo, o Eidolon da herói Snow são as irmãs Shiva, Styria e Nix, que podem se transformar em uma moto que ele pode dirigir.

Uma das novidades em “FFXIII” é a exclusão de Magic Points. Para convocar os Eidolons é preciso Tactical Points, que são usados em habilidades que não estão ligadas a nenhum role e que podem ser usadas a qualquer hora. Você ganha TP de acordo com a sua performance em batalha, ao receber notas que variam de 1 a 5 estrelas. Quanto maior a sua nota, mais rápido a barra de Tactical Points se recarrega. Cada batalha é julgada de acordo com o tempo, dano causado/recebido, entre outros fatores.

Outra novidade é que agora o seu HP e status são totalmente recuperados ao fim de cada batalha, transformando cada conflito em um evento contido. Junto com o fato de não ser preciso conservar MP, essa decisão de design possibilita o jogador usar todas as habilidades dos personagens sem se preocupar com essas convenções datadas de RPGs, focando apenas na estratégia de usar seus recursos.

Porém, se você pensa que isso tudo faz o jogo ser fácil, está enganado: “FFXIII” é o jogo mais difícil da série e um instante de hesitação pode fazer a diferença entre a vitória e um game over mesmo em inimigos comuns. Mas mesmo uma derrota não acarreta muita perda de tempo, pois nesse o jogo permite você recomeçar exatamente do ponto aonde parou, permitindo que você considere imediatamente outra estratégia.

ASPECTOS NOVOS AVALIADOS
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Todos esses elementos criam um sistema muito rápido e acessível que à primeira vista pode parecer simples, mas que é bastante profundo e detalhado. Cada inimigo tem uma barra de Stagger, o que é basicamente a defesa do inimigo, e a mudança constante e precisa de Paradigms de acordo com o rumo da batalha é necessária para quebrar essa defesa, o que dá um bônus de ataque de acordo com o valor da barra. Se você usar estratégias de modo inteligente e souber o que está fazendo, algumas batalhas podem demorar até menos de dez segundos. Mas se você se apoiar apenas na clássica estratégia "ataque-ataque-cura-repete", elas podem demorar muito mais ou mesmo serem impossíveis.

No lugar de XP e Levels, “FFXIII” usa uma versão modificada do Sphere Grid de “FFX”. O Crystarium System é uma representação tridimensional em linhas dos status que podem ser "comprados" com Crystal Points ganhos a cada batalha. Cada personagem tem seu próprio Crystarium dividido em caminhos diferentes para cada Role. Parâmetros como HP e Magia são universais, sendo válidas para todos os Roles ao serem liberadas. Mas habilidades como Fire e Radial Strike são próprias para cada papel.

Eventualmente, todos tem acesso às mesmas habilidades, mas cada um dos personagens é naturalmente inclinado para certas classes específicas, com caminhos custando mais ou menos pontos dependendo dessa afinidade. A guerreira Fang, por exemplo, é mais voltada para o papel de Commando, e assim as habilidades nesse papel custam menos CP do que desenvolver o caminho de Medic, o que é exatamente o oposto de Vanille, que é naturalmente inclinada para magias nos papéis de Ravager e Medic. Pode parecer complicado, mas na verdade é um sistema simples e intuitivo, que balanceia bem individualidade e customização e você não tem que se preocupar em trocar personagens para batalha o tempo inteiro, pois todos ganham igualmente Crystal Points estando ou não ativos.

VISUAL STRATEGIC COMBAT NOVEL
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“Final Fantasy XIII” é um jogo extremamente bem-feito e a análise das suas partes resultam em muitas críticas positivas. Os gráficos e a música estão entre os melhores da geração; as suas mecânicas de batalha são inovadoras e divertidas; a história e os personagens conseguem manter uma narrativa empolgante até o final.

A questão da linearidade não é na verdade um problema, mas uma decisão deliberada de design e é um pouco exagerada, pois o jogo tem sim partes não-lineares. Resta saber se isso será um impedimento para um julgamento objetivo do jogo, pois, do jeito que ele se apresenta, ele é tudo, menos RPG.

Se ele fosse classificado em um gênero novo como "VSCN", talvez as pessoas fossem mais tolerantes, mas não adianta tentar classificá-lo, pois ele é o que é, pelos seus próprios méritos. Por isso, “FFXIII” talvez não seja é o melhor RPG, mas seria ele o melhor “Final Fantasy”? Sem dúvida alguma.
[video=youtube;5VehHD9kAfU]http://www.youtube.com/watch?v=5VehHD9kAfU[/video]

Plataforma: _PS3_ | _Xbox 360_
Fonte: http://jogos.br.msn.com/noticias/artigo ... 407&page=0
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Re: FINAL FANTASY XIII [finalmente]

Mensagem por grun »

Eu tô jogando ele no PS3. O Palmito tb.

Esse jogo tá ANIMAL.

Ainda tô em 12~15 horas de jogo. Pelo que lí pra zerar ele (a história principal em sí) é preciso algo em torno de 50~60 horas.

O começo do jogo é um rush foda, muita informação e tudo de uma vez. Mas ao passar o tempo (coisa de poucos mínutos/horas), você vai sí ligando melhor em tudo que tá acontecendo ao seu redor, além disso tem no menu uma opção chamada Datalog. Ela traz informações importantes de tudo o que você já viu no jogo até o momento, como resumo dos chars, resumo dos capítulos jogados, informações gerais do jogo, etc.

O jogo é bem linear, e pelo que ví vai ser assim até ter completado uns 70~80% do jogo. Até agora essa linearidade não tornou o jogo entediante, muito pelo contrário, a forma como a história vai evoluindo você fica cada vez mais 'preso' pra ver o que vem a seguir. Depois desses 70~80% você tem a possibilidade de completar side quests alem de seguir na história principal.

Muita gente tá terminando a história principal e depois volta pra fazer as side quests, se não me engano são 64 missões (algo assim). Pra você platinar o jogo no ps3 (conseguir todos os troféis disponíveis -- os achievements do PS3) tem nego comentando que leva +/- 100 horas de jogo. Por que você precisa upar muitas armas, fazer todas essas missões paralelas tirando nota máxima nas lutas, subir os roles até o level máximo, e mais um monte de coisas rsrsrs.

O sistema de combate tô achando um show a parte, é massa de mais, mesmo controlando só 1 char o esquema tem vezes que fica um pouco complexo/dificil e você precisa pensar rápido pra não morrer, se o leader da party (char que você tá controlando) morrer, é gg, mesmo que tenha nego vivo na party. Tem vezes que na mesmo luta vc fica variando sendo healer, caster e trocando isso a cada x segundos/minutos. Em outra casos vc tem que ser support e dpois melee dps, etc, é um leque bem grande, dinâmico pra porra :mrgreen:
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Re: FINAL FANTASY XIII [finalmente]

Mensagem por Iori »

Doh, eu odiei o jogo do momento que eu vi o trailer, e esperava que todos odiassem tambem. *(Haters gonna hate)
*Yahtzee so jogou 5 horas e Jim Sterling parou no ultimo boss e foi no YT assistir como terminava.

30 minutos linear? São umas 20 horas!

Esse jogo ou você adora ou você odeia.

Edit: Corrigi o nome do infeliz
Editado pela última vez por Iori em Ter Abr 06, 2010 11:44 am, em um total de 1 vez.
Q:Which came first? The egg or the chicken?
A: Whichever lit the cigarette first.
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Re: FINAL FANTASY XIII [finalmente]

Mensagem por snkmad »

Não vi o jogo ainda. Meu amigo pegou pro Xbox360, disse que era ridículo o jogo.
Aqui uma review que preste: http://www.destructoid.com/review-final ... 7136.phtml
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