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Evo Morales dá 'bolo' em Arlindo e Renan
Brasília - A visita do presidente da Bolívia, Evo Morales, ao Congresso Nacional foi cancelada de última hora. Os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Renan Calheiros, chegaram a ir à rampa de entrada do Congresso, mas foram avisados de que o presidente não viria. De manhã, Evo Morales não passou tropas em revista nem subiu a rampa do Palácio do Planalto por causa da chuva.
Para receber Morales, os parlamentares brasileiros chegaram a desmarcar um encontro com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto. Morales faria ainda uma visita à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie.
O cerimonial justificou o "bolo" em Chinaglia e Renan alegando atraso durante a visita do boliviano ao Palácio Itamaraty, o que teria comprometido o restante dos compromissos presidenciais. A reunião entre Morales os presidente Luiz Inácio Lula da Silva durou mais que o previsto, segundo a assessoria do brasileiro.
Morales participou de almoço no Itamaraty, com Lula, Renan, Chinaglia e o senador José Sarney (PMDB-MA).
Vírgilio: Evo fez chefes do Congresso passarem vexame
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), declarou solidariedade com os presidentes da Câmara e do Senado "por terem passado o vexame de esperar na rampa o presidente da Bolívia, Evo Morales, que não compareceu ao encontro previamente marcado". "Ele deu bolo no Parlamento brasileiro, deu bolo nos presidentes das duas Casas. Considero que o Legislativo foi desrespeitado", afirmou.
