Diga não às drogas
Enviado: Qua Jun 25, 2008 9:09 am
Tudo começou quando eu tinha 14 anos. Um amigo chegou com aquele papo de “experimenta, depois, quando você quiser é só parar...” e eu fui na dele.
Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, “da terra”, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco da “Chitãozinho e Xororó” e em seguida um do “Leandro e Leonardo”.
Achei legal, coisa bem brasileira, mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei chamar todo mundo de “Amigo” e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi:
- Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.
Era o princípio de tudo!
Logo resolvi experimentar algo diferente, e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar, sabe, coisa leve... “Banda Eva”, “Cheiro de Amor”, “Netinho”, etc.
Com o tempo meu amigo foi oferendo coisas piores: “É o Tchan”, “Companhia do Pagode”, “Asa de Águia” e muito mais.
Após o uso contínuo, eu não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu “amigo” me deu o que eu queria, um CD do “Harmonia do Samba”.
Minha bunda passou a ser o centro de minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!
Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde o efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais...
Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas.
Foi a partir daí que começou a minha decadência.
Fui ao show de encontro dos grupos “Karametade” e “Só pra Contrariar” , e até comprei a Caras que tinha o “Rodriguinho” na capa. Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de louro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinal de positivo.
Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode.
Enquanto vários outros viciados cantavam uma “música” que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos e fazíamos sinais combinados.
Lembro-me de um dia quando entrei nas Lojas Americanas e pedi a coletânea “as Melhores do Molejão”. Foi terrível. Eu já não pensava mais. Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas “miseráveis” e letras pouco arrojadas.
Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada.
Mas a fase negra ainda estava por vir.
Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar “Popozudas”, “Bondes”, “Tigrão”, “Motinhas” e “Tapinhas”.
Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido.
Quando saia a noite para as festas, pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos.
Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas, uns nobres queriam me mostrar o “caminho das pedras”, outros extremistas preferiam o “caminho dois templos”.
Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues.
Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas á não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.
Se você não reagir vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante, vai perder as referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:
- Não ligue a TV no Domingo a tarde;
- Não escute nada que venha de Goiânia ou do interior de São Paulo;
- Não entre em carros com adesivos “Fui...”;
- Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu ou Faustão;
- Mulheres gritando histericamente é outro indício;
- Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
- Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados;
- Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo;
- Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil e;
- Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas principalmente, duvide de tudo e de todos.
A vida é bela! Eu sei que você consegue!
DIGA NÃO ÀS DROGAS!!!
Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, “da terra”, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco da “Chitãozinho e Xororó” e em seguida um do “Leandro e Leonardo”.
Achei legal, coisa bem brasileira, mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei chamar todo mundo de “Amigo” e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi:
- Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.
Era o princípio de tudo!
Logo resolvi experimentar algo diferente, e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar, sabe, coisa leve... “Banda Eva”, “Cheiro de Amor”, “Netinho”, etc.
Com o tempo meu amigo foi oferendo coisas piores: “É o Tchan”, “Companhia do Pagode”, “Asa de Águia” e muito mais.
Após o uso contínuo, eu não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu “amigo” me deu o que eu queria, um CD do “Harmonia do Samba”.
Minha bunda passou a ser o centro de minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!
Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde o efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais...
Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas.
Foi a partir daí que começou a minha decadência.
Fui ao show de encontro dos grupos “Karametade” e “Só pra Contrariar” , e até comprei a Caras que tinha o “Rodriguinho” na capa. Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de louro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinal de positivo.
Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode.
Enquanto vários outros viciados cantavam uma “música” que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos e fazíamos sinais combinados.
Lembro-me de um dia quando entrei nas Lojas Americanas e pedi a coletânea “as Melhores do Molejão”. Foi terrível. Eu já não pensava mais. Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas “miseráveis” e letras pouco arrojadas.
Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada.
Mas a fase negra ainda estava por vir.
Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar “Popozudas”, “Bondes”, “Tigrão”, “Motinhas” e “Tapinhas”.
Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido.
Quando saia a noite para as festas, pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos.
Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas, uns nobres queriam me mostrar o “caminho das pedras”, outros extremistas preferiam o “caminho dois templos”.
Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues.
Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas á não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.
Se você não reagir vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante, vai perder as referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:
- Não ligue a TV no Domingo a tarde;
- Não escute nada que venha de Goiânia ou do interior de São Paulo;
- Não entre em carros com adesivos “Fui...”;
- Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu ou Faustão;
- Mulheres gritando histericamente é outro indício;
- Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
- Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados;
- Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo;
- Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil e;
- Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas principalmente, duvide de tudo e de todos.
A vida é bela! Eu sei que você consegue!
DIGA NÃO ÀS DROGAS!!!