A Universitária

[Olwe]

Com certeza existem pessoas como as que você citou, como também existem as pessoas que não querem trabalhar para ter seu sustento, que são folgadas mesmo e só querem moleza. Mas não podemos generalizar, generalizações normalmente não são acompanhadas pela razão.

Isso que você citou, sobre se empolgar e não prestar a devida atenção acontece muito na nossa sociedade, e é muito bem usado para influênciar as pessoas. Não é costume das pessoas se aprofundar nos assuntos. É a velha história de "ler só as manchetes" e sair atirando pra todo lado. Por isso é importante não acreditarmos em tudo que ouvimos e lemos sem prestar a devida atenção, principalmente quando envolve algo sério.

Abraço.

[mUKA]

O texto que o Valiant postou é falacioso (enganoso, falso) na conclusão (moral da história) pois propõe como verdadeira a idéia de que distribuir recursos é ruim (seja dinheiro, terras, oportunidades, etc). Não se pode concluir que a distribuição de recursos é benéfica ou prejudicial simplesmente baseado numa historinha sobre partidos ou filosofias de esquerda ou direita.

Quanto ao enquadramento do tipo de falácia sugiro a leitura do texto http://str.com.br/Scientia/falacias.htm que explica direitinho praticamente todos os tipos.

O Olwe enquadrou como Argumentum Ad Hominem, falácia onde vc refuta o que a pessoa falou atacando alguma característica da pessoa mas, não encontra-se isso no texto!
Um exemplo bem exagerado e fácil de entender da falácia Ad hominem é: "Tudo o que você falou sobre escravidão éstá errado porque você é branco então não entende nada do assunto"
A universitária nem seu pai atacam argumentos da moça que tirou notas baixas por preconceito contra alguma característica de sua personalidade, o pai só sugeriu distribuir notas e a filha se recusou.

A falácia na qual se enquadra o texto em relação à moral da história é a da Ignoratio Elenchi / Conclusão Irrelevante

Ignoratio Elenchi / Conclusão Irrelevante
" A falácia de Conclusão Irrelevante consiste em exigir que um argumento suporte uma conclusão particular quando realmente não têm nada logicamente a ver com a conclusão.
Por exemplo, um cristão pode começar dizendo que ele irá argumentar que os ensinamentos do cristianismo são indubitavelmente verdadeiros. Se ele então argumentar no percurso que o cristianismo é de grande ajuda à muitas pessoas, não interessa quão bem ele argumente ele não irá ter mostrado que os ensinamentos do cristianismo são verdadeiros.
Tristemente, esse tipo de argumentos irrelevantes são freqüentemente bem sucedidos, porque eles fazem muitas pessoas verem a suposta conclusão sob uma luz mais favorável."

Ao ler o texto, tudo leva a assumir como correta a idéia de que "distribuir recursos é errado/ruim" mas, na verdade ambos, texto e conclusão são irrelevantes para a questão sobre distribuição de recursos sejam eles dinheiro, terras ou oportunidades.

[Olwe]

Entendi bem sua conclusão e concordo com ela Muka.

É que eu tinha interpretado a indagação do pai da moça, sobre a distribuição da nota, como uma afronta a inteligência da garota, como se ele estivesse prevendo a resposta dela, uma vez que sugestão dele é absurda. Entendi como um ataque.

Mas claro foi uma interpretação bem pessoal minha, se fosse eu na conversa e me falassem algo assim eu ficaria ofendido (wtf man? estamos falando sério aqui! lol), mas lendo o texto friamente você tem razão sim. Me desculpe.

Anyway, pelo menos agora todos sabemos bem a diferença Argumentum Ad Hominem e Ignoratio Elenchi

Abraço.

[mUKA]

Entendi bem sua conclusão e concordo com ela Muka.

É que eu tinha interpretado a indagação do pai da moça, sobre a distribuição da nota, como uma afronta a inteligência da garota, como se ele estivesse prevendo a resposta dela, uma vez que sugestão dele é absurda. Entendi como um ataque.

Mas claro foi uma interpretação bem pessoal minha, se fosse eu na conversa e me falassem algo assim eu ficaria ofendido (wtf man? estamos falando sério aqui! lol), mas lendo o texto friamente você tem razão sim. Me desculpe.

Sim, pode ter essa conotação a conversa do pai com a filha mas, ela não foi usada pra invalidar a conclusão.
Não tenho do que te desculpar, vc não fez nada errado, só estamos conversando! rs

Anyway, pelo menos agora todos sabemos bem a diferença Argumentum Ad Hominem e Ignoratio Elenchi
Abraço.

Pois é!
É bom conhecer um pouco sobre falácias pra não cair em algumas ciladas argumentativas.

[O_Cabelo]

Depois de ler tudo eu acabo concluindo que melhor mesmo é deixar a mulher cuidar da cozinha e do tanque.

Hahahahahaha!