
Regra geral: comandantes não negociam e negociadores não comandam.
1 - Todas as atitudes do policial devem ser direcionadas para acalmar o seqüestrador e mantê-lo estável. Isso porque é no momento de desespero e desequilíbrio que a pessoa pode comprometer a operação de salvar, prioritariamente, a vida do refém. Quando há instabilidade, alguém pode morrer.
2 - A postura do policial é primordial. Os sinais passados pelo rosto e pela postura corporal, de uma forma geral, devem acompanhar a fala. Se falo para alguém manter a calma, mas grito e mexo o braço bruscamente, há uma contradição.
3 - Os policiais devem sempre estar no controle. Quem dita as regras são os policiais. Ele é o chefe, sem precisar dizê-lo.
4 - O policial, no momento da negociação, deve estar atento às reações do seqüestrador, mostradas pela fala e pelos movimentos corporais.
5 - Durante a operação, os policiais cercam o seqüestrador e um supervisor mantém a comunicação entre eles, circulando por trás. Essa ação garante o sucesso da operação, pois todos estarão cientes das ações subseqüentes. A boa comunicação também é uma arma poderosa no combate ao crime.
6 - A primeira hora da negociação é a mais importante, a mais perigosa e não é opcional. Isso porque pode ocorrer a qualquer momento um incidente crítico. Como policial, caso você presencie um momento assim, vai ter que fazer seu trabalho. Portanto, é preciso estar sempre preparado.
7 - Garanta sempre a sua segurança pessoal. Evite o contato direto. Mantenha-se protegido e escondido. O seqüestrador não pode saber onde você está.
8 - Mantenha o seqüestrador falando. Medo e ansiedade são comuns, mas falando dele e sobre o que está fazendo, ele pensa e analisa a situação. A rendição passa a ser mais considerada.
9 - Quando o negociador chegar, a pessoa preparada especialmente para isso, passe todas as informações necessárias e continue dando apoio.
10 - Evite que o incidente fique mais grave, não minta ou prometa coisa que não pode cumprir, não ofereça nada para o seqüestrador, não use com ele as palavras chefe ou patrão e não deixe familiares ou amigos do seqüestrador negociarem.
fonte: CATI