"Os humanos poderão se transformar em super-homens em um futuro próximo", disse Yoshiyuki Sankai, professor e engenheiro que liderou o projeto HAL-5 (Hybrid Assistant Limb ou Membro Assistente Híbrido), cujo resultado foi a criação da primeira roupa robótica que realmente funciona.
O equipamento é um exo-esqueleto que pesa quinze quilos capaz de detectar os movimentos do usuário por meio de sensores colocados sobre a pele. Quando os músculos do indivíduo são acionados, uma fraquíssima corrente elétrica se dissipa pela pele e é então captada por esses sensores e transmitida ao computador que controla o robô. Por sua vez, ele converte esses sinais em impulsos elétricos que acionam os motores que ficam nas articulações da roupa-robô, O que proporciona um aumento da força de quem o está "vestindo".
Se você duvida, poderá conferir tudo isso em agosto, quando o japonês de 43 anos Seiji Uchida, quadriplégico desde 1983 quando sofreu um acidente de carro, vai colocar o equipamento à prova junto com o alpinista Ken Noguchi, de 33 anos. Enquanto esse último "vestirá" o HAL-5, Uchida irá de "cavalinho" em suas costas para realizar uma escalada de mais de quatro quilômetros no monte Breithorn, nos Alpes suíços. "Estou tentando criar novas possibilidades para que os incapacitados possam realizar seus sonhos", disse Uchida, que chegou a criar uma fundação para apoiar essa expedição. "Minha esperança é que por meio disso eu consiga dar coragem e esperança para todos as pessoas incapacitadas em situações difíceis".
Segundo o site da Cyberdyne, empresa do professor Sankai, o objetivo do HAL-5 é possibilitar a seu operador realizar tarefas pesadas que um ser humano normal não conseguiria. Se um homem é capaz de levantar uma carga com, digamos, 15 pedras, se ele "vestir" o robô conseguiria erguer 28 pedras.