_________________________________________________
Uma família, dois assaltos. Tempo entre as ações: cinco minutos. A insegurança nas ruas da Tijuca chega ao limite para os moradores.
Bandidos que haviam roubado um carro tiveram o veículo levado pouco depois por uma outra quadrilha. No meio desta história, estavam pai, filho, tia e sobrinha.
A rua com muitas árvores e pouco movimento não é sinônimo de tranqüilidade. Os moradores da Alfredo Pinto, na Tijuca, vivem com medo.
“É uma situação muito problemática, traz muita preocupação a todos nós moradores daqui. Há uma total insegurança”, queixa-se uma moradora.
Mas, segundo os moradores, o crime mais comum são os roubos de carros. “Eles costumam fazer os arrastões, roubam todos os carros. Aqui há sempre, sempre assalto. Não há policiamento”, reclama outra.
Apesar dos casos freqüentes de roubos e assaltos na região, os moradores nunca tinham ouvido falar de uma história como a que aconteceu na noite do último sábado. Uma família, com dois adultos, uma criança de 5 anos e uma adolescente de 14 anos, foi rendida. Mas o assalto foi só o começo. A família ainda viveria um outro momento de violência.
A família foi rendida por dois homens na Rua Alfredo Pinto e obrigada a seguir com os assaltantes no próprio carro. Quinhentos metros adiante, na Avenida Melo Matos, outros bandidos em um carro interceptaram o veículo e anunciaram o segundo assalto.
O ladrão, que ocupava o banco do carona, fugiu com os objetos pessoais da família. O outro entregou o veículo. As vítimas foram retiradas do carro e os bandidos fugiram, abandonando o veículo usado na ação.
Segundo uma testemunhou, foi tudo muito rápido: “Quatro caras de pistola ficaram gritando ‘rápido, rápido’. Aí só vi quando a senhora desesperada tentava tirar as crianças de trás do carro. Foi um lance muito rápido”.
A 18ª Delegacia de Polícia está investigando esse caso e diz que já identificou uma quadrilha que age na área da Tijuca no roubo de carros. O líder dessa quadrilha também já estaria identificado.
O RJTV conversou com o delegado Carlos Magalhães, responsável pelas investigações.
RJTV: Essa seria a causa de tantos roubos de carro na região da Tijuca?
Delegado Carlos Magalhães: Inicialmente quero salientar que esse fato foi totalmente inusitado. Um evento como esse não ocorre toda hora. Mas o que tenho a dizer é que o aumento dos roubos de veículo, não só na área da 18ª como em delegacias vizinhas, acontece justamente por causa da repressão ao tráfico de entorpecentes nos morros da localidade. Isso obriga que os marginais passem a atuar em outra modalidade criminosa, entre elas, o roubo de carros.
Já há uma quadrilha identificada. Qual está sendo a dificuldade para prender os integrantes dessa quadrilha?
Realmente o líder da quadrilha é oriundo do Morro do Turano e já foi identificado, o nome dele é Diego. Uma equipe daqui da unidade, há cerca de nove meses, trocou tiros com esse indivíduo em frente à Igreja dos Capuchinhos, resultando no ferimento de três policiais da unidade. Mas ele já está identificado. Inclusive, há na delegacia cerca de quatro a cinco inquéritos, todos com mandados de prisão contra essa pessoa.
Uma outra queixa dos moradores é em relação à falta de policiamento na região da Tijuca. Eles disseram que, até o ano passado, havia uma viatura fazendo uma ronda permanente, mas essa viatura não é mais vista.
O RJTV entrou em contato com o comandante do 6º Batalhão, coronel Álvaro Garcia, que não quis gravar entrevista.
A Polícia Militar, através de sua assessoria de imprensa, divulgou que o comandante-geral da PM determinou reforço no policiamento na área da Tijuca, com 30 policiais e mais cinco viaturas, dentro de uma semana.
Fonte: Globo.com
So tenho uma coisa a dizer:
flws!
